quarta-feira, 13 de abril de 2011

Baleias



Anatomia

As nadadeiras de uma baleia são membros locomotores atrofiados, remanescentes do período em que seus antepassados eram quadrúpedes. A despeito de sua aparência externa, tem uma estrutura óssea interna bem semelhante à dos membros anteriores dos mamíferos terrestres.
As narinas de uma baleia localizam-se bem no alto de sua cabeça. Subindo à superfície após a submersão prolongada, expele através dela o ar quente e úmido dos pulmões, o qual se condensa em contato com a atmosfera, formando uma coluna de gotículas de água, que às vezes se ergue à altura de mais de seis metros.
A cauda é grande, e constitui o principal órgão propulsor de deslocamento da baleia. O corpo é coberto por uma camada de gordura que ajuda na flutuação do animal e a manter o calor. Essa gordura também funciona como meio para armazenar energia. A audição é o sentido mais importante das baleias. Sabe-se que produzem ao menos dois tipos de sons: os que intervêm em seu sistema de ecolocalização e as vocalizações. Os sons de ecolocalização funcionam como uma espécie de sonar biológico, enquanto as vocalizações são as conhecidas canções das baleias, que parecem ser um meio de comunicação entre os membros da mesma espécie.
A baleia pode viver 30 anos em média, porém já foi registrada uma baleia que chegou até os 50 anos. Pode chegar a 20 km/h.

Alimentação

Apesar de sua imensa boca, todas as baleias têm o esôfago muito estreito. Por isso, nutrem-se de pequenos peixes e organismos marinhos, que recolhem enchendo a boca de água e depois deixando-a escoar através de uma rede de 400 lâminas ósseas, as quais substituem os dentes - que as baleias não têm.

Respiração

A baleia é um animal de sangue quente, encontrado principalmente nas águas geladas da região antártica. Os pulmões da baleia são excelentes, mas ela é extremamente econômica em matéria de respiração: desde que inspira o ar até o momento em que o expira, às vezes transcorrem até 20 minutos. Isso lhe permite mergulhar a grandes profundidades e permanecer submersa, enganando assim os baleeiros (caçadores).
A foto abaixo mostra uma baleia Franca, que no século passado, foi muito caçada devido ao seu óleo, que chegou a iluminar a cidade de Buenos Aires. Hoje, essas baleias são patrimônio turístico e o seu único inimigo é a gaivota, que morde sua carne e deixa feridas sobre a pele da baleia.

Baleia Franca

Caça à
 baleia franca.

Da pré-história à extinção

É indiscutível que os antepassados mais remotos da baleia foram grandes mamíferos que viveram no período eoceno (50 milhões de anos atrás), os quais adotaram o mar como residência, quando lhes pareceu perigoso permanecer em terra.
A baleia que representa o ramo mais novo dessa antiga família, também enfrenta esse problema: das milhões de baleias que existiram nos mares de todo o mundo restam tão poucas que a caça de aproximadamente 55.000 animais por ano condenou toda a família à extinção. A Comissão Internacional da Baleia (que reúne 15 países) fixou o limite de caça em 1976, para 20.000 baleias por ano. No entanto, as medidas estabelecidas para a preservação do animal geralmente não têm sido respeitadas, sobretudo pelo Japão e pela União Soviética, seus maiores exploradores.

Ordem dos Cetáceos

Baleia, nome comum de qualquer um dos mamíferos marinhos que constituem a ordem dos Cetáceos. Diferenciam-se do resto dos mamíferos porque passam toda a vida na água, desde que nascem até morrerem. O termo "cetáceo" é usado para denominar, de modo geral, as 78 espécies de baleias, delfins e toninhas que existem. Em geral, as espécies que têm mais de 4 metros de comprimento são chamadas baleias, enquanto as espécies menores formam o grupo dos delfins e das toninhas. A maioria das baleias pequenas, dos delfins e das toninhas pertence à subordem das baleias com dentes. Na atualidade, existem cerca de 40 espécies de baleias e metade delas é considerada rara.

Baleia Azul

Baleia-azul ou rorqual-azul ou gigante, é a maior espécie de baleia que existe e é também o maior animal existente na Terra. Uma baleia azul já chega ao mundo com quase sete metros de comprimento e pesando perto de quatro toneladas. Depois que cresce, o exagero se acentua ainda mais: passa a medir até 34,5 metros e a pesar 150 toneladas. Suas nadadeiras ficam com 5 metros de comprimento cada uma e a cauda, com 7 metros. Para conduzir somente a sua língua, basta um caminhão médio, pois ela pesa apenas 3 toneladas. Mas para transportar toda sua carne, é preciso mais: são 60 toneladas de músculos e 30 de gordura. Muita gente imagina a baleia como a própria imagem de ferocidade, mas é uma injustiça. No fundo ela é um animal pacato e com um grande coração (430 quilogramas).
O corpo é cinza, com manchas pálidas, cuja disposição é um caráter distintivo de cada indivíduo, como as impressões digitais dos seres humanos. A tonalidade azul aparece quando está submersa e o dia é ensolarado.
Costuma caçar aos pares e se alimenta de plâncton e peixes. De maneira semelhante ao resto das baleias com barbatanas, ela abre a boca para deixar entrar a maior quantidade de água possível, força a água para que passe pelas barbatanas e o alimento fica preso.
Os sons que emite podem viajar através do oceano até distâncias de 160 km, o que lhe permite comunicar-se com outras baleias que se encontrem longe.
  • Família dos Balenopterídeos;
  • Ordem dos Cetáceos;
  • Subordem dos Misticetos;
  • Recebe o nome científico de Balaenoptera musculus.

Baleia Jubarte

Também chamada baleia-xibarte, é a baleia mais bem conhecida de todas as existentes. Realiza migrações entre as águas polares e as subtropicais; nas primeiras é onde se alimenta no inverno, enquanto nas outras dá à luz a sua única cria, denominada baleote. Pode alcançar 15 m de comprimento e o dorso é arqueado ou corcunda (daí seu nome). Costuma saltar no ar, por cima da água, deixando visível todo o seu corpo.
Lançam-se sobre grandes concentrações de suas presas (invertebrados e peixes), abrindo a boca e engolindo toneladas de água junto com elas. Depois, empurram com a língua a água pra dirigi-las com força até as barbatanas, que atuam como uma grande peneira, retendo o alimento e expulsando a água.
  • Família dos Balenopterídeos;
  • Ordem dos Cetáceos;
  • Subordem dos Misticetos;
  • É classificada com o nome científico de Megaptera novaeanglia.

Baleia Jubarte

Baleia 
Jubarte

Baleia Cinza

Espécie de tamanho médio que atualmente habita somente a zona norte do oceano Pacífico. É um dos mamíferos que realiza uma das migrações mais longa, pois percorre uma distância de 10.000 km desde as baías do norte do México, onde a fêmea dá à luz a sua cria no inverno, até o norte do mar de Behring, onde se alimenta (no verão), de invertebrados que filtra com suas barbatanas. Sua pele, salpicada de cor negra, cinza e branca, forma um desenho característico que permite diferenciar cada indivíduo.
  • É a única espécie vivente da família dos Escrictídeos;
  • Subordem dos Misticetos;
  • Ordem dos Cetáceos;
  • É a espécie classificada como Eschrichtius robustus.
Baleia.

Parentes da baleia

A ordem dos cetáceos é uma confraria que reúne tipos dos mais variados:
  • O delfim ou golfinho (nome científico = Tursiops truncatus)
  • O cachalote (nome científico = Physeter catodon), que mora no mar.
  • Narval (nome científico: Monodon monoceros), que é bem menor, não passa de 6 metros.
  • A orca (nome científico = Orcinus orca), que é uma espécie de ovelha negra entre os pacíficos cetáceos. Ferocíssima, vive em bandos, que atacam as baleias e as dilaceram completamente ainda vivas, sem ligar a mínima importância ao parentesco.

Derivados da baleia

Durante quase toda a Idade Média, o objetivo principal da caça era a carne do animal. Já no século XVIII, aproveitava-se a gordura. Da gordura, parte da carne, dos ossos e até das tripas, podem extrair-se, com um sistema de pressão à vapor, perto de 25 toneladas de óleo ou 160 barris para fazer sabão e margarina. Do fígado provém o óleo riquíssimo em vitamina A, e do espermacete - substância gordurosa sólida da região frontal da cabeça - retira-se o óleo usado antigamente para a fabricação de velas e que vem sendo cada vez mais utilizado na indústria têxtil, de lubrificantes e cosméticos.
Os derivados da baleia abrangem desde marfins das barbatanas até rações animais, carne congelada comestível, extratos de carne e fígado, extratos hormonais e fertilizantes (da carcaça).

Classificação científica

As baleias, os delfins e as toninhas pertencem à ordem dos Cetáceos. Esta ordem é subdividida em duas subordens: os Odontocetos, ou baleias com dentes, e os Misticetos, ou baleias de barbatanas.

Esqueletos de baleias (fotos)

























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terça-feira, 12 de abril de 2011

Tartarugas: marinhas e jabutis

As tartarugas são pertencentes à classe dos répteis e compreendem à ordem dos Quelônios (gr.: chelone, tartaruga). Mais de trezentas espécies de tartarugas podem ser encontradas em todo o mundo.
Exemplos: tartarugas (mar), jabutis (terra) e cágados (água doce).

Jabuti

As "tartarugas" de terra são denominadas de Jabuti. Seu tronco é escudado por um estojo ósseo que se divide numa parte dorsal (a carapaça) e outra ventral (o plastrão). Essa disposição permite a algumas espécies, como defesa passiva, recolher completamente a cabeça triangular e os membros.
Em lugar de dentes, ela dispõe de maxilas com bordas cortantes, afiadas ou serrilhadas.
O jabuti atinge no máximo 70 cm de comprimento. Habita as matas desde o Espírito Santo até a Amazônia, ao norte, e Paraguai, ao sul. Na seca, esconde-se entre a folhagem e o húmus; na época de chuva alimenta-se de frutas caídas. A fêmea, chamada jabota, é maior que o macho, e avermelhada.
As tartarugas das Galápagos (Testudo elephantopus) podem superar os 185 anos de vida, porém, isso é uma questão de sorte, pois a maioria não ultrapassa os 50 anos. As tartaruguinhas terrestres são comercializadas no Brasil ainda muito pequenas, e essa comercialização é ilegal.

Respiração

Na respiração, difere-se dos demais répteis, porque o desenvolvimento da carapaça redundou na fixação das costelas. Respira através do movimento de distensão e compressão da cabeça e membros, para dentro e fora da carapaça.
As espécies marinhas contam com um aparelho respiratório auxiliar: têm na boca, uma enorme quantidade de vasos sangüíneos, que absorvem o oxigênio dissolvido na água. Isso e bons pulmões dão-lhe capacidade de imersão por várias horas.

Habitat e alimentação

As espécies terrestres (maior número), vivem em climas tropicais, no inverno cavam o terreno e entram em letargo. As marinhas estão distribuídas por todos os mares quentes, podem percorrer longas distâncias, pois seus membros desempenham a função de nadadeiras, e possuem bom sentido de orientação. A alimentação de ambas é variada; são vegetarianas, carnívoras ou onívoras.

Caça à tartaruga

Todas as tartarugas são cobiçadas pelo homem, que aproveita desde sua carne (na Amazônia substitui a carne de boi), até as placas imbricadas da couraça.

Tartaruga Marinha Gigante

A Dermochelys coriacea, tartaruga gigante, chega a ter mais de 2 metros de comprimento e meia tonelada de peso.
A couraça é achatada e acinzentada. As patas são compridas, em forma de nadadeiras, são cobertas de pele e desprovidas de unhas. A tartaruga marinha gigante alimenta-se de moluscos, algas, crustáceos e carne.

 

 

Ovo

As tartarugas marinhas arrastam-se pela praia até um lugar livre de marés. Ali cavam a areia (60 cm de profundidade por 1 metro de diâmetro), e enterram seus ovos (de uma a duas centenas de ovos por vez). São ovos esféricos ou elípticos, elas tapam o buraco, alisam a areia e voltam para o mar. Depois de uma quinzena renovam a operação, mais ou menos no mesmo lugar. O sol se encarrega de incubar os ovos. As tartarugas terrestres (jabutis), e de água doce (cágados), fazem o mesmo nas margens do rio e pântanos, ou entre as folhagens. Depois de três meses, nascem as tartaruguinhas, com 6 cm. Logo quando nascem, as tartarugas marinhas correm logo para o mar.
Em alguns países, tanto o ovo de tartaruga como a carne são consumidos pelo ser humano. A caça da tartaruga ou o uso desses animais como animal de estimação vem contrinuindo para o desaparecimento de muitas espécies.

Tartaruga Verde 

Tartaruga Verde (Chelonia mudas), com um peso de 150 a 200 kg, se alimenta sobre tudo de algas e ervas marinhas.

 

 

Esqueletos de tartarugas e jabuti:

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ornitorrincos

Hoje eu postarei sobre ornitorrincos.

Muitas pessoas veêm os ornitorrincos como animais esquisitos e bem diferentes, já que sua aparência lembra alguns animais, como bico de pato, cauda de castor, corpo de rato e membranas nas patas.

Ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) é um mamífero da família (Ornithorhynchidae) da ordem Monotremada. È um animal incomum, por algumas características bem peculiares. O ornitorrinco é mamífero, ou seja, a fêmea da espécie alimenta os filhotes com seu leite. Porém a fêmea do ornitorrinco não dá a luz aos filhotes. Ela põe ovos. Aliás, o ornitorrinco tem o bico semelhante ao dos patos, que são ovíparos.

O ornitorrinco vive na beira de rios, córregos e riachos na Austrália e na Ilha da Tasmânia. Locomove-se bem em terra e na água. É um ótimo nadador graças a seus pés palmados e a sua calda em forma de remo, podendo ficar submerso por até 5 minutos. Ao entrar na água, esse curioso animal fecha os olhos e o ouvido. Sua pele espessa o protege embaixo da água.
Para botar e chocar seus ovos, de um a três de cada vez, a fêmea cava um túnel que pode chegar a 1,8 m de profundidade, sendo que geralmente a entrada principal desse “ninho” fica embaixo da água. Os ovos medem de 2 a 2,5 cm, são moles, e parecidos com os ovos de tartarugas e cobras.
Somente enquanto está dentro do ovo, o ornitorrinco possui um único dente na ponta do bico, o chamado dente do ovo, que lhe serve apenas para furar a casca do ovo, perdendo-o logo em seguida. Quando os filhotes nascem, a fêmea usa a cauda para puxá-los para junto de si, com o objetivo de amamentá-los. Os filhotes ficam meses no ninho, pois nascem cegos e pelados. São desmamados quando chegam a aproximadamente 30 cm.
Todos os quatro pés do ornitorrinco têm garras, e cada pata tem cinco dedos. Os machos apresentam um sexto dedo nas patas traseiras, no qual existem exporões venenosos, que o animal usa para sua defesa.
O ornitorrinco alimenta-se de vermes, girinos, moluscos, crustáceos, peixinhos e insetos que captura no fundo dos rios e córregos. Quando adultos, os ornitorrincos não tem dentes, por isso, usa as placas córneas das maxilas para a mastigação.
Pouco sabe-se a respeito da reprodução dos ornitorrincos. O que se sabe é que ele só esta preparado para a reprodução após os sete anos. Na época de reprodução, normalmente nos meses de julho e agosto, seus órgãos reprodutores, tanto dos machos quanto das fêmeas aumentam de tamanho.
Considerando a calda, o ornitorrinco pode chegar a medir 60 cm de comprimento. Ele chega a viver por 15 anos.

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aves corredoras e voadoras

Hoje eu irei postar sobre aves.
Aves são animais fantásticos, pois voam, correm e podem nadar e mergulhar em algumas vezes. Se comparado com o homem elas são bem mais evoluídas fisicamente, pois o homem para voar precisam de máquinas, as aves não e também, o homem já não nada sem equipamentos, enquanto as aves nadam apenas com seus ossos e órgãos.

As aves são animais vertebrados que podem ser facilmente distinguidos pela presença de penas. A pena é uma característica exclusiva desses animais, ou seja, está presente em todas as espécies do grupo. Além disso, as aves não possuem dentes, são endotérmicas e apresentam um metabolismo elevado.

As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, já foram descritas cerca de 12.000 espécies. Entre as espécies desse grupo há uma grande variedade de formas, tamanhos e hábitos. Existem desde espécies com poucos centímetros de altura até espécies como o avestruz, que pode atingir mais de dois metros de altura.

Embora a maioria das aves esteja adaptada ao vôo, existem algumas exceções. O pingüim, por exemplo, não voa, mas pode nadar e mergulhar. Já o avestruz pode caminhar e correr.

As aves surgiram durante a Era Mesozóica, cerca de 150 milhões de anos atrás. Acredita-se que elas evoluíram a partir de répteis bípedes, próximos aos dinossauros. O registro mais antigo de uma ave é o fóssil da espécie Archaeopteryx lithografica. Embora o Archaeopteryx possuísse penas, ele também apresentava outras características, como uma longa cauda e ossos compactos, mais semelhantes aos répteis do que às aves atuais.

Adaptações para o vôo

As aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no vôo, é também um importante isolante térmico.

O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vôo.

Muitos dos ossos das aves são pneumatizados. Isso significa que o seu interior é oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumáticos existem extensões do pulmão chamadas de sacos aéreos. Os sacos aéreos contribuem para a redução da densidade das aves, além de promoverem a refrigeração interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respiração.

Outras características que contribuem para a redução do peso são: ausência de dentes, ausência de bexiga urinária e atrofia das gônadas fora da época reprodutiva. Além disso, as fêmeas geralmente só possuem um ovário.

O osso que une as costelas na região ventral, o esterno, apresenta uma projeção chamada de quilha. A quilha é o ponto de inserção dos fortes músculos peitorais, responsáveis pelo batimento das asas.

Digestão e excreção

A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.

Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.

As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.

Reprodução

A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se os anexos embrionários.

As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.

As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.

Órgãos dos sentidos

As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.

A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie.